A aldeia de Alverca da Beira data de tempos muito remotos. O documento existente mais antigo de que há referência é de 1321. É na “diocese e Distrito da Guarda do Dr. José Osório de Gomes e Castro”. Na pág. 513 desse livro diz o autor que em 1321 “ O rendimento da Igreja de Santa Maria de Alverca era de 100 libras”.
Luís Cardoso, no seu “Dicionário Geográfico ou Notícia Histórica de todas as cidades, vilas, etc., dos Reinos de Portugal e Algarve” diz referindo-se a Alverca: “Lugar da Província da Beira, Bispado de Viseu, Comarca de Pinhel, termo da Vila de Trancoso; está situada em campina rasa e só à entrada da parte de Trancoso é áspera por causa dos penedos.”
Partindo da afirmação do autor citado, a povoação ficaria situada entre o Chorro, Fonte da Amoreira, Rua de S. Sebastião e Santo. Esta tese conforma-se mais com a situação da velha capela que muitos julgam ter sido a primeira Igreja Paroquial e com a etimologia da palavra Alverca a significar lugar alagadiço e pantanoso.
Fosse como fosse, Alverca hoje está situada, na maior parte, (zona mais antiga) no fundo de um Outeiro. A seus pés estende-se uma planície, rica e farta, fecundada pelas enxurradas que as primeiras chuvas arrastam da povoação e que no Verão era e é regada pelas águas do rio/ribeira do Massueime. Por todos os lados ainda está cercada de vinhas que constituíram uma das suas principais fontes de riqueza.